L.T. : Confirma-me só se o Idées directrices pour une phénomenologie do Husserl (1º tome, Gallimard) que tenho à minha beira é o Ideias (Ideen) a que te referes quando dizes que foi a obra que leste dele com mais atenção. Eu não tenho o segundo tomo. É com o mesmo nome?
26/04/2012
F.B. : Sim, é esse Ideen, trad. do Ricœur enquanto estava preso pelos nazis, em letra muito miudinha porque tinha pouco papel.
Só li alguns capítulos desse, além da Origem da geometria, trad. e longa introd. do Derrida e de algumas coisas da Crise das Ciências europeias. Coincidência, estou a ler um livro sobre o Ricœur dum italiano que esta manhã me esclareceu (melhor do que tinha lido no Paisana, que é a minha referência primeira em relação ao Husserl e à passagem deste para o Heidegger) sobre as três intuições do Husserl - sensível, categorial e de essência (esta de raspão) - sem nunca largar a imanência nem se reduzir à percepção, claro; isto é, à diferença capital de Kant, e já agora de Aristóteles, sem nunca fazer passagem do sensível ao inteligível (nas Investigações lógicas). (Mas Derrida diz algures que ele permanece platónico).
26/04/2012
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Imagem: pintura - obra plástica de Luís de
Barreiros Tavares
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