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L.T. : Defines-te um filósofo da diferença?
26/03/2012
F.B. : Sim, já que as minhas duas referências principais são-no, eu com eles, mas ao nível da fenomenologia, que eles ultrapassaram.
Tudo o que faço depende da maneira como o Derrida 'aplicou' a diferença fenomenológica do Husserl (entre o 'aparecer' fenomenal e a coisa que aparece, 'substancial') à diferença entre significante e sons, que - ele não o diz - é a da aprendizagem da língua, mas também se pode deslocar para as aprendizagens dos usos (diferença entre uso e o seu paradigma ou receita), como ainda é fecunda, de outra maneira, para o ADN (Jeu 12. 25). É também a diferença entre a cena da inscrição face à da alimentação-habitação humana, esta esclarecida pelo 'ser no mundo' (que permite a aprendizagem, embora ele não o tenha tematizado), a da inscrição pela gramatologia. Mas sem o Derrida, o Heidegger não permitiria abordar a questão das ciências do século XX.
Tudo o que faço depende da maneira como o Derrida 'aplicou' a diferença fenomenológica do Husserl (entre o 'aparecer' fenomenal e a coisa que aparece, 'substancial') à diferença entre significante e sons, que - ele não o diz - é a da aprendizagem da língua, mas também se pode deslocar para as aprendizagens dos usos (diferença entre uso e o seu paradigma ou receita), como ainda é fecunda, de outra maneira, para o ADN (Jeu 12. 25). É também a diferença entre a cena da inscrição face à da alimentação-habitação humana, esta esclarecida pelo 'ser no mundo' (que permite a aprendizagem, embora ele não o tenha tematizado), a da inscrição pela gramatologia. Mas sem o Derrida, o Heidegger não permitiria abordar a questão das ciências do século XX.
27/03/2012
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Imagem: pintura - obra plástica de Luís de
Barreiros Tavares
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